"Aprendendo a seduzir", Patricia Cabot

Sinopse: Durante um baile, Lady Caroline Linford abre a porta de um dos cômodos e flagra seu noivo, o marquês de Winchilsea, nos braços de outra mulher. Para a sociedade vitoriana do século XIX, tais escapulidas masculinas eram normais, e cancelar o casamento seria impensável. O jeito, decide a jovem, é aprender a ser, ao mesmo tempo, a esposa e a amante, para que o marquês nunca mais tenha de procurar outra mulher fora do lar. Por isso, resolve tomar lições - teóricas, claro - sobre a arte do amor com o melhor dos professores: Braden Granville, o mais notório libertino de Londres. Logo nas primeiras aulas começam a voar faíscas e as barreiras entre professor e aluna caem. Escrito por Meg Cabot, sob seu pseudônimo, esse romance vai mostrar que o amor escolhe seus próprios caminhos, sempre imprevisíveis.

Gostei do livro. É divertido, romântico, quente na medida certa.

Caroline é um tanto ingênua algumas vezes, e talvez até por não possuir nenhum conhecimento prático do amor - o que era muito comum na época! Mas quando se depara com a situação constrangedora de encontrar seu noivo com outra mulher, Caroline entende bem o que se passa, graças aos muitos livros românticos que gosta de ler - porém não tem reação nenhuma, não faz escândalo, não chora, não sofre, e o porquê ficou logo de cara bem claro para mim e não para a personagem: Caroline não ama - nem um pouquinho - seu noivo Hurst, marquês de Winchilsea. Sabendo que Hurst possui uma amante a primeira decisão de Caroline é desfazer o noivado, entretanto sua mãe - além de não permitir - a convence que é normal um homem possuir uma amante e que se ele procura por outra a única culpada é a própria Caroline que não sabe ser "mulher" suficiente para fazer um homem se apaixonar por ela (pelo menos, é isso que ela dá a entender...). Absurdo? Não, absolutamente normal para a sociedade da época. Agora, hoje em dia... Continuando, após esta conversa ela toma a decisão de aprender as artimanhas do amor - "teoricamente", claro!

Braden, apesar da má (ou boa?) fama com as mulheres, encontra - na pureza de Caroline, em sua proposta totalmente incomum de ensinar, teoricamente, a seduzir um homem, e em sua personalidade - o amor. Encantado, Braden não consegue ficar longe dela, mas ele também está noivo e muitos impedimentos perecem surgir - além da resistência dos dois para admitir o que sentem.

Eu gostei muito mais desse livro de Patricia (Meg) Cabot do que o outro, "A rosa do inverno". Nesta história o romance se devolve com o tempo e conforme os personagens vão se conhecendo - lógico que a atração física é quase instântanea, mas sentimentos mais profundos surgem com o tempo, como tem que ser. O clima de sedução - sem ser vulgar - permanece boa parte da história, além de toda um trama de outros personagens que afetam os protagonista, ou seja, a história não fica presa a somente Caroline e Braden.

Mesmo assim, o livro não deixa de ter muitas cenas e momentos clichês e de ser um tanto inverossímil, como a maioridade dos romances do estilo.
Todavia a leitura é recomendada! =0)

4/5 - Muito bom!