Lara Lington tem 27 anos, foi abandonada pelo namorado Josh – e não se conforma com a separação –, a sua sócia e também considerada melhor amiga, Natalie, saiu de férias e passeando em Goa conheceu um cara e decidiu que ficaria por lá por tempo indeterminado, deixando Lara sozinha para tomar conta da empresa e tendo de aprender sozinha a função de uma “caça-talentos”. Além destes problemas, Lara se vê obrigada pelos pais a comparecer no funeral de uma tia-avó que ninguém conhecia muito bem. Estar em companhia da família é desconfortável para ela já que eles sempre entram no assunto “proibido” do ex e estão sempre perguntando como está o ramo de “caça-talentos”, obrigando Lara a mentir não somente sobre o andamento da empresa, escondendo de todos que sua sócia e melhor amiga a abandonou e que agora ela não sabe o que faz, como também a mentir sobre seus verdadeiros sentimentos por Josh e a esperança que nutre de que ainda voltarão a ficar juntos.
No funeral, o seu tio Bill – um milionário que possui uma rede de cafés pelo país e famoso por sua biografia “Duas moedinhas” em que conta sobre quando ele tinha apenas 20 centavos e comprou um café tão ruim que teve a inspiração de montar seu próprio negócio no ramo -, está presente com toda a sua arrogância e Lara ainda tem aturar a irmã que adora humilhá-la. Como se tudo isto não bastasse, ela começa a ouvir uma voz que repete “onde está meu colar?”. Ela se pergunta se ficou louca de vez até perceber que a voz e o espírito de uma bela moça vestida no estilo dos anos 20, se trata da sua tia-avó Sadie, aquela mesma velhinha de dentro do caixão que morreu aos 105 anos.
Obrigada por Sadie – que promete não deixar Lara em paz se ela não a ajudar -, Lara interrompe o funeral inventando uma história maluca de que tem certeza que sua tia-avó fora assassinada, e se encontra em confusões cada vez maiores em busca do colar com o pingente de libélula.
Este foi um dos poucos livros que não resisti e comprei na Bienal do Livro de São Paulo, paguei caro – pois o que eu não vi por lá foram livros com bons preços -, mas não quis esperar para tê-lo em mãos. Eu sou particularmente suspeita ao dar minha opinião sobre qualquer livro de Sophie Kinsella, já que ela é minha escritora favorita no gênero chick-lit e confesso que estava sentindo falta de uma leitura leve e divertida à La Kinsella
O livro não me decepcionou. Assim como os outros publicados, a protagonista se encontra em diversas confusões e momentos constrangedores. Mas quem rouba a cena na história não é a personagem principal – Lara -, e sim, o fantasma da sua tia-avó Sadie que apesar de extremamente mimada e muitas vezes egoísta e até orgulhosa, possui uma personalidade marcante e principalmente uma história bonita e triste de amor, cheia de desencontros.
Claro que há romance para a Lara também, e obviamente não onde ela pensa que irá encontrar, e eu fiquei muito feliz por isto, pois confesso que desde as primeiras páginas já detestei o tal ex, Josh. Mas como ele não é a última bolacha do pacote, claro que um novo amor podia surgir na vida de Lara.
Enfim, nada melhor do um livro de Sophie Kinsella para desestressar. Leitura recomendada!
E, a propósito, a capa é muitooo fofa, não acham?! Eu adoro!
KINSELLA, Sophie. Menina de vinte; tradução: Mariana Lopes Peixoto - Rio de Janeiro: Record, 2010. Tradução de : Twenties Girl - 495 p.