"A arte perdida de guardar segredos" de Eva Rice

Sinopse: Ambientado na Inglaterra pós-II Guerra, o livro é um delicioso relato sobre as mudanças sociais experimentadas pela classe média. Penelope Wallace é uma garota de 18 anos, que não agüenta mais a mãe e o irmão, e cujo sonho é arranjar um namorado e freqüentar a efervescente cena cultural de Londres.

"O notável talento de Rice para criar personagens singulares nessa história memorável realça sua presença como uma nova e estimulante voz na ficção literária." Publishers Weekly

"Encantadoramente improvável... repleto do charme dos anos 1950 e com sua própria mágica secreta." Marie Claire

Em 1954 - nove anos após o fim da 2ª Guerra Mundial - o livro nos apresenta a história de Penolope Wallace que possui 18 anos, cresceu em uma sociedade em guerra e perdeu seu pai para ela. Mas, mais do que contar a história dessa jovem, o livro nos mostra como plano de fundo as cicatrizes que a guerra deixou em um país, uma família, uma casa.
Talitha, mãe de Penelope, é uma jovem e belíssima viúva que se vê na responsabilidade de manter a mansão Milton Magna - propriedade onde vivem e que pertenceu por muitas gerações à família Wallace. Porém não há mais recursos financeiros suficientes para manter Magna que por conta da guerra e do tempo foi se deteriorando.
Penelope se preocupa também com a situação que a casa e sua mãe passam, mas como típica jovem de 18 anos há outras preocupações em sua cabeça - principalmente depois de ter conhecido a excêntrica e espirituosa Charlotte Delancy - como festas e Johnnie Ray. Ao conhecer Charlotte, a vida social de Penelope muda, principalmente ao concordar em fingir ser namorada de Harry - primo de Charlotte - que tem como profissão ser mágico, e que morre de amores por Marina, uma americana rica e bela que está prestes a se casar.
Detestei Harry até  a metade do livro e desejei muito que Penelope não se apaixonasse por ele. Mas depois mudei de opinião... Afinal, ninguém é perfeito, certo? Harry tem seus momentos "fofos".
Charlotte e Tia Clare Delancy são, de longe, minhas personagens favoritas. E, não há como negar que o cenário dos anos 50 dá um brilho mais do que especial para a história. Porém, apesar dos ótimos diáologos, o livro não me empolgou em diversos momentos, assim como em diversos outros me empolgou até por demais. O segredo de Talitha e Tia Clare, quando foram revelados não me pareceu nada demais, acho que esperava por algo mais chocante e surpreendente; assim como esperava por um final diferente, talvez por algo mais clichê... E, mais emocionante.
O livro é bom, mas não superou minhas expectativas.