"Para sempre" de Alyson Noël

Sinopse: Ever Bloom tinha uma vida perfeita: era uma garota popular, acabara de se tornar líder de torcida do principal time da escola e morava numa casa maravilhosa, com o pai, a mãe, uma irmãzinha e a cadela Buttercup. Nada no mundo parecia capaz de interferir em sua felicidade, o céu era o limite! Até que um desastre de automóvel transformou tudo em um pesadelo angustiante. Ever perdeu toda a sua família. Mudou de cidade, de escola, de amigos, e agora, além de todas essas transformações em sua vida, ela precisa aprender a conviver com uma realidade insuportável: após o acidente, ela adquiriu dons especiais. Ever enxerga a aura das outras pessoas, pode ouvir seus pensamentos e, com um simples toque, é capaz de conhecer a vida inteira de alguém. É insuportável. Ela foge do contato humano, esconde-se sob um capuz e não tira dos ouvidos os fones do i-pod, cujo som alto encobre o som das mentes a seu redor. Até que surge Damen. Tudo parece cessar quando ele se aproxima. Só ele consegue calar as vozes que a perturbam tão intensamente. Ever não entende o porquê disso, mas é incapaz de resistir à paz que ele lhe proporciona, à sensação de, novamente, ser uma pessoa normal. Ela não faz ideia de quem ou o quê Damen realmente é. Sua única certeza é estar cada vez mais envolvida... e apaixonada!

A leitura de "Para sempre" de Alyson Noel se tornou, para mim, arrastada e sua história logo nas primeiras páginas me pareceu repetitiva, não só pela sensação que me causou de "já li algo do tipo antes" como também por sua história não se desenvolver, ficando boa parte da leitura na mesmice: girando em torno da rotina da personagem principal, Ever, na escola, seus amigos e o "cara novo que é super sexy e esconde um grande segredo" (já leram algo do tipo em algum lugar?!).  O problema é que este cara "sexy e misterioso" chamado Damen não possui carisma nenhum e não convence como par romântico para a protagonista do início ao fim. Durante quase todo o livro fica naquela situação: "Damen aparece, e de repente Damen some sem explicação" na tentativa da autora de deixar um ar de mistério e, assim, Ever - e eu também - fica que nem boba sem entender afinal "qual é a do Damen".

Nem os amigos de Ever são lá muito interessantes. Só resta a irmã fantasma de Ever, a Riley, que é divertida, pois nem ao menos a protagonista desta história se destaca muito. Ever não chega a ser irritante, mas também não é lá aquela simpatia. Diria que se trata de uma personagem bem medíocre.

Depois de quase duzentas páginas o livro parece - apenas PARECE - que vai melhorar, foram poucas as cenas que realmente me despertaram a atenção e aí quando eu acreditava que a história finalmente ficaria mais interessante, volta a ficar morno de novo.

A autora parece que enrola quase todo o livro e resolve "jogar" toda as explicações dos mistérios nas últimas páginas, deixando uma narrativa falha e com explicações que não me convenceram. As cenas finais que poderiam ser mais emocionantes, são sucintas, mal explicadas e, principalmente, mal escritas.

Eu finalizei a leitura com a sensação de que a escritora teve em suas mãos uma boa ideia - sim, acredite, a ideia toda do livro é muito boa: imortais, reencarnações, auras, etc., são assuntos que me chamam a atenção - mas não soube desenvolvê-la.

Demorei quase três meses para finalizar a leitura por conta disto tudo, já que nada de realmente digno de atenção acontecia na história e seus personagens não me cativaram! E, sinceramente, finalizei a leitura sem vontade de nenhuma de ler os outros livros da série "Os imortais".

Desculpem-me os fãs da série por expor tão sinceramente a minha opinião. Mas devo lembrá-los de que é apenas isto: uma opinião, assim como há tantas por aí... rs.